domingo, 11 de janeiro de 2015

Teste teórico da Schola Cantorum

A Schola Cantorum Basiliensis ! Quem é que estuda música antiga e não conhece ? Pois...já fazia alguns anos que eu queria muito me apresentar pra essa escola e ano passado tive a oportunidade, infelizmente não passei mas valeu e muito a experiência. 

Lembro que eu ficava sempre entrando no site (www.scb-basel.ch) pra ver os assuntos da prova teórica, procurando por mais informações, pois eu ficava me perguntando como é que se passaria exatamente...pois bem, passada a prova, eu anotei tudo num caderno somente, quase um ano depois, decidi publicar essas anotações.



Depois de ter passado a prova prática da qual eu postei alguns fragmentos no vídeo acima, você tem um momentinho de pausa e depois entra numa outra sala com dois professores, um que irá realizar a prova e outro que ficará fazendo anotações. Podemos falar alemão, inglês e francês.
Comigo foi exatamente assim:
  •          Tocaram (no cravo) três intervalos harmônicos , eu tinha que cantá-los e depois classificá-los, sempre um de cada vez. (4J, 6M,2m)
  •          Tocavam uma nota e eu tinha que cantar um intervalo a partir dela(7m ascedente, 5J descendente, trítono ascendente) No intervalo do trítono, me perguntaram em que notas eu poderia resolvê-lo.
  •          Tocaram dois acordes em que eu tinha que cantá-los e dizer o que eram (6m/acorde menor na primeira inversão), depois me diziam a primeira nota e eu tinha que dizer o nome das outras duas (Si, ré#, fá#).  O segundo acorde foi um 6/4M.
  •          A partir de uma nota, cantar um acorde diminuto descendente e depois um acorde de 6m ascendente
  •          Depois...cantei uma pequena melodia (quatro compassos ternários)e depois tive que escrevê-la no quadro negro em ré maior. 
  •          Cantei uma última vez a melodia e mais uns 4 compassos de improvisação.
  •          Outra parte da prova foi um solfejo à primeira vista, com direito a realização do baixo contínuo (uff..).
  •          Após o solfejo, o professor me perguntou se para mim a afinação do cravo estava em A440 ou 415 (I’ve no idea...)
  •          Toquei um alegro de Haendel no cravo.


Isso tudo dura aproximadamente uns 20 minutos. Bem...quem pensa em estudar la, agora já sabe um pouco mais como se passa esse exame, bons estudos musicais!


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Dedos 5 e 6

Depois de muito tempo sem escrever por aqui, decidi postar mais um artigo no blog, pois aprendi algo muito importante e que acho que vale a pena ser compartilhado, podendo ajudar outros estudantes de flauta.

Passado um tempo, tenho chegado a conclusão que uma das grandes dificuldades na flauta doce é o equíbrio da flauta. Mais uma vez, é um daqueles pontos que passamos despercebidos nas primeiras aulas e depois parece que não damos muita atenção, mas isso sempre me inquietou muito.














Algumas vezes, o dedilhado de algumas passagens rápidas não ajudam, são um pouco chatas e deixam a flauta um pouco instável, dando a impressão que ela pode cair...isso faz com que as mãos fiquem mais tensas, pois querem 'segurar melhor' a flauta.

Enfin, a dica já está presente na tabela de digitação de Hoteterre (Princípios para flauta...), percebemos no ex. 1 que o dedilhado de quase todas as notas diatônicas do fá grave até o sol# agudo utilisam o dedo 6 (o dedo Anular, que para Hoteterre é o buraco 7), como podem ver, o dedo 6 serve somente como um terceiro ponto de apoio na flauta, e a partir disso, passei a usar também o dedo Médio, dedo 5.

Para esse artigo não ficar complicado, colocarei o ex. 2, e tocando, ficará claro como isso poderá ajudar-vos. Em cima da nota eu coloquei o dedo que pode vos ajudar na passagem. No segundo exemplo (sonata em dó de Telemann) eu ainda coloquei uma setinha pra cima indicando onde tiramos esse "dedo do equilíbrio".




Isso foi algo tão simples e que facilitou tanta coisa que eu fiquei pensando: 'Será que era só eu que não sabia disso ?'

Até a próxima !